SP, de 11/07 a 17/07/2011
Este ano a 6ª edição do festival de cinema latino-americano traz mais de 100 filmes, entre contemporâneos inéditos e mostras especiais. Serão homenageados Gabriel Garcia Marques e Orlando Senna.
Este ano a 6ª edição do festival de cinema latino-americano traz mais de 100 filmes, entre contemporâneos inéditos e mostras especiais. Serão homenageados Gabriel Garcia Marques e Orlando Senna.
A mostra também sera exibida no Espaço Unibanco de Cinema Augusta, Cinesesc, Sala Cinemateca, Cinusp Paulo Emílio, Cine Olido e Centro Cultural de SP. A entrada é franca.
Se você não viu, não perca o excelente “Esperando o Messias”, veja abaixo a crítica de Celso Sabadin (Nota Cineclick).
"Com crise ou sem crise econômica, a Argentina continua produzindo filmes. E bons! Depois dos ótimos Nove Rainhas e O Filho da Noiva, chega aos cinemas do Brasil o sensível Esperando o Messias. Trata-se de um trabalho melancólico, belo e tocante. Como um tango. Um amargo retrato da Argentina atual, à beira da miséria, mas que resiste.
Basicamente o roteiro desenvolve duas histórias que não podem ser consideradas exatamente paralelas, já que elas se encontram em determinados pontos. O jovem Ariel (Daniel Hendler, estreando no cinema) procura emprego para completar o orçamento doméstico, abalado pela crise do restaurante de seu pai (o ótimo Hector Alterio, de O Filho da Noiva). Num diálogo emotivo, Ariel pergunta ao seu pai: “Era muito o que nós tínhamos no banco?” A resposta vem conformada e dura: “Não, não era muito. Mas era tudo”. Ao mesmo tempo, o bancário Santamaría (Enrique Piñeyro) perde seu trabalho, sua mulher e sua casa num único golpe e se transforma em mendigo – literalmente – da noite para o dia. Cada qual à sua maneira, Ariel e Santamaría saem pelas ruas de uma triste e escura Buenos Aires em busca da sobrevivência. Contrariamente ao que se pode supor, Esperando o Messias não é um filme baixo astral. Mesmo em meio à melancolia do tema, ele acena com possibilidades, com a esperança de quem – de uma forma ou de outra – espera o seu Messias particular. Sabe-se lá vinda de onde, alguma luz de otimismo ainda existe. Para Santamaría, o Messias pode vir na forma de um pequeno menino Jesus abandonado num contêiner de lixo, transformando sua vida num verdadeiro presépio. Para Ariel, ele pode assumir a forma de um emprego temporário ou da reconquista de um antigo amor. Mas o mais importante é resistir, sem perder a ternura (e a dignidade) jamais. Como o cinema argentino." Celso Sabadin
Confira a programação completa no site do Memorial e assista tantos quantos conseguir. Vale a pena.
por Ana Herrera